Busca por emprego em Toronto - nossa experiência
- Lívia Mayerhoffer
- 13 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de set. de 2018
Meu marido estuda na Greystone College. Como eu já relatei nesse post, ele possui permissão de trabalho (20 horas semanais durante os primeiros 6 meses e trabalho full time durante os últimos 6 meses).
Com base na experiência dele, destaco aqui alguns "percalços" que surgiram pelo caminho. Ele demorou a começar a procura por emprego porque estávamos dedicados à busca por nosso apartamento. Quando enfim encontramos, ele começou a enviar e-mail para as vagas que encontrava pelos sites de busca de emprego. Sabemos que é raridade encontrar, logo no início, emprego na mesma área de atuação do Brasil; porém, como ele atua na área de TI - e é muito divulgado que TI é sempre exceção por aqui, com mais facilidade para encontrar trabalho -, acabou criando aquela expectativa de que conseguiria. Assim, começou aplicando para vagas relacionadas à área.
Durante esse tempo, ele até recebeu retorno de diversas aplicações, e até mesmo contato de recrutadores que o encontraram através do Linkedin, porém as vagas eram sempre full time.
Primeira lição: as empresas aqui, em geral, demoram bastante para responder. Então envie seu currículo para várias vagas; não espere a resposta de uma para então partir para outra.
Outro (sobre essa ainda estamos tentando descobrir a resposta rs...): costuma ser bem visto o fato de você entregar pessoalmente seu currículo, mas, em alguns lugares, quando meu marido tentava deixar o dele, as pessoas diziam que a aplicação era somente on line, e se recusavam a receber o documento. Acho que foi meio a meio, entre o que aceitaram receber e os que recusaram.
Logo, ele percebeu que precisava abrir o leque de opções. Vieram as aplicações para supermercados, redes de fast food, lojas, etc. Mesmo assim, ainda continuou por um bom tempo sem sucesso, mesmo com o Natal se aproximando.
Outra coisa que percebemos é que a partir de Outubro vai ficando mais difícil a contratação no comércio. O número de vagas parece só voltar a crescer na Primavera com as empresas se preparando para o Verão.
Até que veio a aceitação no McDonald's. Processo longo para a efetivação da contratação e para começar a trabalhar. E nisso, já era quase o fim dos primeiros seis meses de estudo; ou seja, a preocupação com o co-op já começava. O trabalho do McDonald's, apesar de válido para o co-op, não estava rendendo a carga horária semanal necessária.
Nesse período, veio a terceira lição: como acontece no Brasil, o início do ano parece ser uma época com menor oferta de postos de trabalho, e isso afetou a busca pelo segundo emprego. As opções também ficaram mais restritas, porque era preciso que a vaga cumprisse os requisitos do co-op. E, ainda, havia um prazo para encontrar algo, correndo o risco de ser excluído do programa de estudos caso não fosse contratado em 8 semanas.
Em meio a algumas entrevistas, uma empresa deu retorno positivo. Alívio! Moramos em Scarborough, e o trabalho fica em Mississauga... mas a função é na área de experiência dele, e já abre muitas oportunidades pela aquisição da experiência canadense.
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